Dia do Indio.

19 de abril.

Dia do indio.

Com eles, podemos aprender muito como viver em paz e harmonia com a natureza e a terra.

"Programa da TV Cultura destaca a maior reserva indígena do mundo e conversa com Marina Villas-Boas, neste domingo (17/4/11)

Maior reserva indígena do mundo, o Parque do Xingu comemora 50 anos e resiste às pressões no entorno da Ilha Verde, no estado do Mato Grosso. O programa Repórter Eco deste domingo (17/4) traz edição especial em homenagem aos povos indígenas, e entrevista Marina Villas-Bôas, mulher do sertanista Orlando Villas-Bôas. Imagens de arquivo e uma exposição de fotos ilustram o programa, que vai ao ar às 18h, na TV Cultura.

"O índio não é predador. Nem na caça e nem na pesca. Se uma coisa lhe basta, ele não mata duas". Com esta canção entoada pelo indigenista Orlando Villas-Bôas, o programa abre a reportagem sobre o Parque do Xingu. Afinal, foi Orlando quem articulou a criação de um espaço para proteger os índios de várias etnias, bem como a vegetação e os animais nativos. O Xingu nasceu em 1961, ao norte de Mato Grosso. Hoje, seus 2 milhões e 800 mil hectares abrigam cerca de 6 mil índios de 16 etnias.

A população do Parque cresceu cerca de seis vezes em relação à década de 60. A pressão sobre os recursos naturais aumentou e as mudanças climáticas são sentidas, com aumento dos focos de incêndio. Com a facilidade de acesso por estradas, valores da cultura branca chegam com força e, com tantas mudanças, vale lembrar o que é encantador nas culturas indígenas.

Marina Villas-Bôas, mulher do sertanista Orlando, morto em 2002, trabalhou como enfermeira no Parque por doze anos e diz: ”Eu aprendi bastante com os índios, aprendi um grande respeito pela natureza, respeito pelos idosos, respeito pela sociedade, pelas crianças e, principalmente, aprendi que se pode viver muito bem com muito pouco".

No entorno do Parque fica o segundo maior polo produtor de soja do estado (MT) e o fato de as nascentes do rio Xingu estarem fora da área demarcada, ameaça a vida. Para Marina, a importância dessa região é que foi possível preservar e salvar muita gente e, principalmente, a fauna e a flora da região. “Ali nas imediações tudo foi acabado, dizimado, a soja tomou conta de tudo e o Parque do Xingu representa hoje uma ilha verde porque está completamente preservado".

Uma exposição da fotógrafa Rosa Gauditano mostra a vida e os costumes do povo indígena. Ela expõe  nas fotos não só a beleza, mas a dor do cotidiano de um povo, muitas vezes excluído. "Eu fiz uma seleção pontuando um pouco o retrato, as pessoas, mostrando um pouco o que era significativo de cada etnia, para mostrar essa diversidade, para que as pessoas tenham idéia das diferenças entres essas culturas... a gente encontra rituais em cada povo, que são diferentes...”, diz a artista.  "

 

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